A CPI do Motim indiciou o vereador de Fortaleza e pré-candidato a deputado estadual, Sargento Reginauro (União Brasil),por envolvimento no Motim da Polícia Militar em fevereiro de 2020. Além de Reginauro, a CPI indiciou ainda,Cleyber Barbosa Araújo, presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), e Francisco Davi Silva Barbosa, ex-diretor da APS.
Foi aprovado na noite desta quarta-feira, 13, o relatório do deputado estadual Elmano de Freitas (PT). Houve voto contrário do deputado estadual Soldado Noélio (União Brasil), que comentou sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI): “Perda de tempo”. Ele afirma que a CPI foi um pedido do ex-governador Ciro Gomes (PDT) e do senador Cid Gomes (PDT).
A CPI investigou o envolvimento de associações de militares no motim de policiais militares do Ceará em fevereiro de 2020. Entre as dez propostas do relator, há ainda a extinção da APS, fundada pelo deputado federal Capitão Wagner (União Brasil).
Em vários momentos, o relatório cita Wagner e aponta partidarização das associações. O texto atribui à Associação dos Profissionais de Segurança (APS) “tanto os atos preparatórios quanto o próprio motim”, segundo Elmano. O deputado recomenda o encaminhamento do relatório ao Ministério Público. Sobre Wagner, o relator aponta não haver indício de materialidade de crime cometido por ele.
Elmano disse que houve dirigentes de associações que não concordaram com a paralisação. Outros, contudo, “usaram as associações para, a partir delas, promover o motim, portanto, cometer crimes”, aponta o relatório. Ele destaca ainda que o motim foi usado para fazer política partidária.
Elmano considera que a atuação das entidades, embora tenha méritos no campo assistencial, apresentou “ilegalidade e desvio de finalidade”. O vereador Reginauro classificou de absurda a CPI e disse que a investigação comete abusos e usa provas não periciadas no relatório.
Por Sidney Sena