Organização criminosa encabeçada pelo sargento da Polícia Militar Auricélio da Silva Araripe negociava armas e drogas e se utilizava do aparado policial militar, como viaturas, fardamentos e armas da corporação, para praticar os crimes. É o que aponta a denúncia do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), que embasou a oitava fase da operação Gênesis, deflagrada nesta quinta-feira, 21.
Além disso, conforme a investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), o grupo de PMs ora protegia traficantes, ora tomava armas e drogas deles, que eram negociadas com outros criminosos. Os crimes são datados de 2017.
A denúncia aponta ainda que a organização criminosa recebia semanalmente, dinheiro de narcotraficantes, para que não fiscalizassem as atividades criminosas. Os traficantes beneficiados ainda conseguiam com os policiais informações privilegiadas de indivíduos ou veículos, por meio de consultas aos sistemas policiais.
Os policiais denunciados se apoderavam de armas e drogas dos extorquidos e negociavam o material com ajuda dos informantes. Dessa forma, a organização criminosa fazia uso das viaturas, armas e fardamentos da corporação para a prática dos crimes, tal como citam o tenente Antônio Marciano Mota dos Santos.
Foram denunciados
Auricélio da Silva Araripe – 1ª sargento da Polícia Militar
Tony Cleber Pereira de Souza – 2º sargento da Polícia Militar
Vinícius André de Sousa – soldado da Polícia Militar
Edvaldo da Silva Cavalcante – 1º sargento da Polícia Militar
Paulo Rogério Bezerra do Nascimento – 2º sargento da Polícia Militar
Antônio Marciano Mota dos Santos – 2º tenente da Polícia Militar