Governo fará revisão do Bolsa Família e pode cortar 2,5 milhões de benefícios

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome vai passar um pente-fino nos cadastros dos beneficiários do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família. Segundo o ministro Wellington Dias, a previsão é que 2,5 milhões de benefícios possam ser cortados.

A intenção é coibir fraudes. Dias disse, em entrevista após visitar uma cozinha solidária do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), no Distrito Federal, na última quinta-feira (9), que cerca de 10 milhões de cadastros devem ser reavaliados, representando metade dos 21,9 milhões atendidos pelo programa em janeiro.

O ministro chegou a citar casos de pessoas com renda de nove salários mínimos (R$ 11.718 hoje) que estariam recebendo o benefício. Além disso, o ministério investiga falhas no CadÚnico (Cadastro Único) após um apagão em agosto do ano passado. Há suspeitas de irregularidades. O episódio também está sendo investigado pela AGU (Advocacia-Geral da União) e pela CGU (Controladoria-Geral da União).

Em agosto do ano passado, segundo relatos, uma interrupção no fornecimento de energia elétrica gerou indisponibilidade e interrupção dos serviços processados na plataforma, que agrega informações encaminhadas por Caixa Econômica Federal, Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social) e Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados).

BENEFÍCIO É PAGO PARA MAIS DE 21 MILHÕES DE FAMÍLIAS

Em janeiro de 2023, o Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, foi pago a 21,9 milhões de famílias, a partir de um investimento de R$ 13,38 bilhões. O valor médio recebido por família foi de R$ 614,21.

Com informações da Folha de SP

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