O governador do Estado Camilo Santana (PT) afirmou ontem que pode adotar o “lockdown” como medida de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus no Ceará. O sistema restringe ao máximo o fluxo de pessoas e de veículos nas ruas, criando bloqueios entre divisas e protocolos rígidos de acesso a estabelecimentos como farmácias e supermercados.
O chefe do Executivo antecipou também que prorrogará o decreto estadual que institui o distanciamento social e a suspensão de atividades não essenciais no Estado. O documento expira na próxima terça-feira, 5. Camilo não informou por quantos dias ele será estendido.
Em coletiva ao lado do prefeito Roberto Cláudio (PDT) e de secretários no Palácio da Abolição, a primeira presencialmente desde o início da quarentena, o petista descartou ainda flexibilizar ações de combate à doença, que já tem oito mil casos confirmados e matou 539 pessoas no Ceará.
“O que posso reafirmar agora é que este não é o momento para flexibilizar, é momento para ampliar ainda mais as medidas restritivas diante dos números que nos foram apresentados hoje (ontem)”, avaliou o governador. “Não há a menor possibilidade, na capital cearense, de qualquer flexibilização diante dos números que temos”.
Questionado sobre quais decisões mais enérgicas pode tomar nos próximos dias e se o “lockdown” era uma dessas ferramentas sob análise, o mandatário disse que sim. “O lockdown está em discussão”, respondeu Camilo.