Diante do aumento no número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, os serviços de saúde, públicos e privados, se movimentam para atender a demanda crescente no número de infectados. Os casos graves da doença requerem maior atenção, já que necessitam de equipamentos importantes, mas nem sempre disponíveis.
Apesar dos esforços para preencher as lacunas, um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado neste mês, aponta que apenas oito municípios cearenses contam com estrutura suficiente para atender casos graves da doença. Somente Crato, Crateús, Barbalha, Juazeiro, Iguatu, Brejo Santo, Fortaleza e Sobral apresentam a quantidade mínima dos equipamentos considerados necessários pela Fiocruz.
O levantamento foi realizado em fevereiro, tido como o marco-zero para avaliar as medidas adotadas nos meses seguintes. O estudo considera os municípios que possuem Unidades de Pronto Atendimento (UTIs) e respiradores ou ventiladores, monitores de ECG, desfibriladores, bombas de infusão e tomógrafos. “É preciso um pacote. Há, por exemplo, pacientes que não vão para o leito de UTI, mas que precisam ter uma estabilização”, avalia Margareth Portela, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz.
O critério para a maioria dos equipamentos foi ter ao menos um para cada 10 mil habitantes. Se o município possui 20 mil pessoas, por exemplo, e apenas um equipamento, ele não está apto. “No caso dos tomógrafos e leitos de UTI, que normalmente nós já temos bem menos, assumimos que teria que ser uma taxa maior que zero, ou seja, pelo menos um na cidade”, detalha a pesquisadora. O conjunto dos insumos é considerado essencial na qualidade do atendimento ao paciente.
Fonte: Diário do Nordeste